PRIMEIRO LIVRO DE AUTORIA DE DOM MOYSÉS BARBOSA

SOLIDÃO POESIAS

(LANÇADO EM 1970)

Dom Moysés Barbosa, escritor e poeta, já está entre os decanos da literatura brasileira, pois começou a escrever em 1959, e sua primeira composição, intitulada “Solidão”, datada de julho daquele ano, veio a ser o nome de seu primeiro livro, lançado no ano de 1970(*):  SOLIDÃO POESIAS (capa abaixo).

(*) O CONTEÚDO PARA ESTE LIVRO FOI CONCLUIDO EM 1965.


AQUI O PREFÁCIO FEITO PELOS EDITORES (GRÁFICA NOVA) DE TRÊS RIOS – RJ

Quando do lançamento da obra “Solidão Poesias”,  Dom Moysés teve tal fato registrado em diploma que lhe foi conferido pela Academia Trirriense de Letras e Artes (ATLAS) em 25/10/70, o que lhe causou muita alegria.

PRIMEIRA COMPOSIÇÃO

Os primeiros versos da lavra de Dom Moysés surgiram imediatamente após o término do antigo curso ginasial e  receberam o titulo de “Solidão” que, apreciados na época pelo poeta Pereira de Assumpção, receberam uma palavra simples mas objetiva: “poema simples, sincero e bom”, frase que foi inserida no livro como homenagem a este grande literato evangélico.

Em tenra idade, o menino Moysés Barbosa jamais imaginava que viria a ser um proclamador da Santa Palavra de Deus e, sem o saber, faz para si mesmo – como se fosse palavras do próprio Deus – um oráculo profético nos três últimos versos: diz que a solidão só é má sem a presença de Deus. E nesta linha de convicção veio, quatro ou cinco anos depois, a iniciar sua trajetória religiosa,  pregando a Santa Palavra de Deus, que busca a reconciliação do ser humano com o trono celestial.

Em 2016 Dom Moysés  completa 50 anos de sacerdócio, e sempre que tem oportunidade entoa nos cultos aquela melodia: “sem Cristo eu nada seria, sem Cristo não sei andar...”


ACIMA A CÓPIA DA PÁGINA NÚMERO 1, DO LIVRO SOLIDÃO-POESIAS, COM O PRIMEIRO POEMA QUE MARCA O INÍCIO DA CARREIRA LITERÁRIA DE DOM MOYSÉS

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SEGUE TODO O CONTEÚDO DO LIVRO

 

SOLIDÃO

A praia estava deserta...
O mar se mostrava calmo e distraído...

Enquanto as gaivotas procuravam as rochas
e permaneciam mudas as palmeiras,
meu coração... Sempre triste e dolorido.

A brisa, meiga e agradável...
e o sol se espraiando sobre a costa,
mostrava a beleza do verão...

Vivia infeliz, sim, mas sei,
que não se pode viver assim,
sozinho mostrando-se infeliz...

A solidão é má, estou bem certo,
quando se vive nela sem ter perto,
a presença gloriosa do bom Deus!

(Moysés Barbosa - julho/1959)

Em tenra idade, o menino Moysés Barbosa jamais imaginava que viria a ser um proclamador da Santa Palavra de Deus e, sem o saber, faz para si mesmo – como se fosse palavras do próprio Deus – um oráculo profético nos três últimos versos: diz que a solidão só é má sem a presença de Deus. E nesta linha de convicção veio, quatro ou cinco anos depois, a iniciar sua trajetória religiosa,  pregando a Santa Palavra de Deus, que busca a reconciliação do ser humano com o trono celestial.

Em 2016 Dom Moysés  completa 50 anos de sacerdócio, e sempre que tem oportunidade entoa nos cultos aquela melodia: “sem Cristo eu nada seria, sem Cristo não sei andar...”

SEGUEM-SE AS DEMAIS QUE CONSTAM DESTA OBRA HISTÓRICA (TAL COMO ESTÃO NA OBRA – ORTOGRAFIA DA ÉPOCA)

 

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QUERIDA

És do meu viver a doce primavera,
com um sorriso nos lábios ostentando,
És a flor - que em meio à tempestade,
demonstra ser feliz - vive cantando...

És a inspiração de todos os meus versos,
que falam de amor... algo sublime!
És portadora d'um olhar tão puro e belo,
que êsse verso - imperfeito - não define.

És do meu jardim a rosa branca,
que a pureza do teu corpo sempre exala.
És da harpa o mais lindo e santo arpejo,
que de ti - sem temor, aos outros fala.

És das flores o perfume amigo,
o qual - inocente - o vento enlaça.
Só saberei viver mesmo contigo;
deves entender o que se passa...

Moysés Barbosa

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SONHEI

Estavas linda - entre as demais,
que contigo na cascata se banhavam;
e com gestos delicados me chamavam,
para que voltasse... porém não voltei mais!

Sim... és tu - e sempre acerto!
Mas agora que passo contornar teu rosto,
sinto meu coração triste - que desgôsto,
pois nunca fôste minha, mesmo estando perto.

Mas, por que razão não me chamas agora?
Sabes que estou a procurar-te
e que é grande meu desejo de falar-te,
sobre os teus meigos gestos de outrora...

Como é difícil o meu viver tristonho!
Nunca fui amado - que tolice
pensar em ser chamado com meiguice...
Foi imaginação... Um simples sonho!

Moysés Barbosa

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SAUDADES

Os pássaros cantando... as nuvens inquietas...
só podem entregar-me solidão.
Envido mil esforços; quero ver-te - tudo em vão!
Só as saudades estão comigo alertas...

Ao meu redor tudo é diferente!
As flôres estão flácidas... sem porte!
Mas a palmeira - insólita e triste,
entende, com certeza, a minha sorte...

Distante como estou - sinto saudades...
Em minhas noites sem luz, como padeço.
Não posso mergulhar em doces sonhos,
pois sinto falta de ti - quase enlouqueço!

Moysés Barbosa

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CONFISSÕES

Podes entrar... esta casa é tua;
êste leito que ai está, assim desalinhado,
sempre acolheu uma flor que bela e núa,
era convite aos instantes de pecado.

Êste perfume no ar é o que resta
das delicias de um amor falso e impuro.
Quanta tristeza em mim... o meu viver não presta,
pois um sincero amor é que procuro.

Mas, não estamos sós... Fiques tranquila.
O ar está aqui, suave, acolhedor.
A nossa timidez? É a luz: farei parti-la,
para sentir de perto o teu calor.

Vais partir? Mas, porquê te vais?
Acaso não queres ficar hoje comigo?
Sempre desejei nêste lugar, contigo
falar sério de amor... poder amar-te mais...

Moysés Barbosa

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TRISTE VIVER

Como é triste viver só... sem ter amor...
ardendo n'alma simplesmente uma lembrança
de algo que deixou ligeira sombra,
apenas um vestígio... uma esperança

Como é triste viver abandonado,
no coração guardando ansiedade.
É angústia o lado triste do passado,
ou mesmo cultivar uma saudade.

Mas... não poderei viver sofrendo assim,
esperando por ti inutilmente.
E se voltares - pois vivo te esperando,
serei mesmo só teu, eternamente...

Moysés Barbosa

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RECORDANDO

Ainda relembro aquela calma noite,
quando ficamos sozinhos... distraídos,
contemplando a beleza do luar...

Senti teu coração falar baixinho,
dos nossos momentos esquecidos,
e de alegria também ouvir falar.

Um olhar - outro olhar, depois um beijo,
cercado de abraços inconsultos
e depois de caricias desmedidas.

Quantas recordações daquela noite,
das tuas mãos... dos teus olhos inquietos.
Quantas recordações daquela noite,
quando os caminhos do amor foram abertos.

Moysés Barbosa

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TUAS CARTAS

São sempre revestidas de ternura
e refletem os mais puros sentimentos.
Falam de amor, enfim, de coisas belas,
são companheiras de todos os momentos...

Quando as recebo, quanta emoção!...
Relembro tuas mãos, o teu olhar.
Quando as leio; quanta saudade!
Meus olhos não se cansam de chorar.

Tuas cartas são as mais sinceras,
pois falam de ti; dos teus anseios.
A menor frase ou a mais singela,
sustenta o fulgor dos teus enleios

_ São belas e puras tuas cartas meigas.
_ Harmoniosas como um brando arpejo.
Tuas palavras são as mais floridas,
e refletem a doçura do teu beijo...

Moysés Barbosa

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AMAR

Não é ficar com alguém perpetuamente,
guardando um meigo olhar no coração...
Não é também quardar em traços vivos,
um beijo; uma flor; uma canção...

Não é viver feliz ou mesmo entristecido,
tendo um nome qualquer dentro do peito.
Ou relembrar em noites silenciosas,
as delicias de um amor quase desfeito.

Amar não é alimentar diversas esperanças,
ou sentimentos fáceis de nascer.
É algo muito nobre; mui sublime,
“é o desejo ardente de querer”...

Moysés Barbosa

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HELENA

Esta música... que beleza!...
De onde virá?... não sei.
Esta voz meiga, sincera, delicada...
Atravessa o jardim... vem da calçada...

Parece a alegria da mamãe sorrindo,
entregando o sono ao filho pequenino,
no silêncio do calmo entardecer...

Esta voz... quanta harmonia!...
Parece uma audição coral se apresentando,
quando a mais bela voz, sozinha, está cantando.

Esta música... de onde virá?...
Ah! Já sei - estas notas meigas,
vêm do terraço, custei a me lembrar;
A Helena, feliz, vive a cantar...

Moysés Barbosa

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CIÚMES

Quando te vejo, assim, muito bonita,
com teus cabelos, macios, tremulando,
tenho receio desta incauta brisa,
que contigo, sim, vive brincando...

Quando nas noites frias de inverno,
dormes unida aos densos cobertores,
meu coração que vive para amar-te,
penetra no covil dos sofredores.

Enquanto nas manhãs quentes, o sol
pela vidraça começa a procurar-te,
minh’alma entristecida, fica impaciente,
pois nunca ousei, no leito, assim olhar-te...

Moysés Barbosa

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RECORDAÇÕES

Aquele luar... quantas recordações,
que na intimidade do meu leito triste,
revivem momentos de um feliz romance.

Relembro com meus olhos rasos d’água,
a tua face meiga e delicada
e aquele teu sorriso fascinante.

Era uma noite calma de inverno
e o orvalho em nossos cabelos
deitava suas mãos umedecidas.

Aquêle luar... quantas recordações,
das palavras sinceras; daquela ternura,
que envolvia teus olhos inquietos...
das tuas mãos mimosas... dos teus lábios,
quantas recordações daquela noite,
quando nossos corações viviam pertos...

Moysés Barbosa

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TEU LEITO

Este leito, querida, é o teu leito.
Mas peço-te; suplico-te, deixe-me ficar.
O dia já se foi, a noite vem;
a aurora em breve há de volta...

Faz frio lá fora e o silêncio
que nos cerca é nosso amigo.
Não dirá pra ninguém, estou bem certo,
que fiquei esta noite aqui contigo.

Quando alvorecer... quando o
sol pela vidraça iluminar-te.
Deixe-te-ei... Irei embora...
os pássaros chegarão para acordar-te...

Este leito querida é o teu leito.
Nunca ousei toca-lo nem de leve.
Mas hoje estou aqui e muito em breve,
meu corpo ficara a êle afeito...

Moysés Barbosa

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FELICIDADE

Os pássaros saltam, alegres, inocentes,
quebrando a solidão da selva enfurecida.
As flores, com beleza rara e diferente,
agitadas pelo vento parecem ter mais vida.

Tudo está tranquilo, a noite se aproxima.
Os raios do sol abandonam a folhagem.
O ar corre esfriador, as sombras surgem,
o luar se espraia na paisagem.

As cachoeiras alegremente cantam,
louvando ao Criador da natureza.
As árvores, com ramos frondosos,
falam de Deus, com invulgar certeza.

Quantos afirmam - “não amo e sou feliz”...
Mas enganados estão, é bem verdade.
Com amor foi criada a natureza,
pois sem amor não há felicidade!...

Moysés Barbosa

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SOU FELIZ

Deus Meu! Criaste a natureza,
com seus vales, montanhas, belas rios,
em tudo inseriste perfeição.

Deste alegria aos pássaros,
ternura e meiguice às flôres,
mostraste o poder que tens na mão...

Nas selvas vemos esperança,
nos mares, muito amor, enfim,
nas rochas, o fulgor do teu olhar.

Tudo é perpétua maravilhosa,
as plantas, os animais, o céu
as estrêlas, que não deixam de brilhar.

Deus Meu! A natureza é bela e agradável;
o verão; o inverno; a meiga primavera.
As manhãs de sol e as noites de lua.
Deus Meu! Não posso esconder minha alegria;
estou feliz... sim muito feliz,
pois sei que sou, também, criação tua!...

Moysés Barbosa

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DESESPERADO

A minha fraca voz clama por ti,
estrêla do meu céu... minha querida.
Estou lançado num tormentoso mar,
só tu poderás salvar-me a vida...

Venhas depressa! Estou a esperar-te!
Pois na ânsia de amante insatisfeito,
não consigo viver sem abraçar-te,
na solidão infausta do meu leito.

Venha depressa! Estou a esperar-te!
Pois teu belo corpo de sereia,
flutuará nestes vagas que aqui dançam...

e, contigo, certamente, poderei
alcançar depressa, a branca areia,
onde as dunas vivem só, porém descansam...

Moysés Barbosa

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QUANDO

_ Quando na planície distante
vejo as palmeiras tremulando...

_ Quando nas belas manhãs
contemplo os pássaros cantando...

_ Quando junto à cascata inquieta
vislumbro os raios de sol dourados...

_ ... que sem qualquer temor nos abandonam
em busca d’outros vales; novos prados...

Não sei o que fazer, pois
sinto-me tão só... quanto abandono!

Meu coração que vive de esperança,
sempre aguardando, também, melhores dias,
esquece o que passou; deixa a tristeza...

Nem mesmo eu consigo compreendê-lo,
quando com entusiasmo assim afirma
mudará êste viver, tenho certeza...

Moysés Barbosa

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ERA PRIMAVERA

...e não posso esquecer-me
daquela noite quando o nosso amor nasceu.
Estavas muito linda, e com simplicidade
teu nobre coração me acolheu...

Era Primavera... e os jardins
estavam felizes, com as mais belas flôres.
Abandonei as tristezas do passado;
deixei o que restou dos meus amôres...

Foi quando iniciei uma nova caminhada,
neste vale onde tudo é esperança.
Coroado de pureza é belo e diferente,
pois nêle reina o amor; reina a bonança...

Estou muito feliz, agora eu confesso.
Não poderei viver mesmo sem ti.
O teu olhar guarda o brilho das flôres.
pois era Primavera, quando te conheci...

Moysés Barbosa

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ESPERANDO POR TI

Estava no jardim. Enquanto devagar
a noite ia chegando...
Meu coração depressa palpitava
e sentia-se feliz, te esperando...

Os bancos sempre desertos...
As árvores, sem qualquer fulgor.
O luar não nascia, demorava...
E eu, nada fazia. Triste dor...

O orvalho... caia intensamente...
aquela noite, por fim, passou...
Espero que voltes, a qualquer instante
pois a esperar-te ainda estou...

Moysés Barbosa

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ONDE ESTÁS?

Por onde andas? Onde estás?
Não sei... não sei e ninguém sabe.
Queria contemplar teus olhos novamente...

Beijar teus lábios inquietos,
sentir teu coração forçar meu peito,
reviver aquêle amor puro e ardente...

Voltes pra mim, estou arrependido.
Não devia rejeitar tua afeição,
agora vivo só e muito entristecido...

Em meus sonhos, contemplo radiosa,
a ternura dos teus olhos dourados,
meu travesseiro amanhece umedecido...

São lágrimas... lágrimas de amor,
chorando tua ausência incompreendida,
sentindo saudades que não posso descrever...

Mas estou a esperar-te. Onde estás? Onde estás?
Não sei... não sei e ninguém sabe,
mas sei que sem ti não vou morrer...

Moysés Barbosa

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FRAGMENTOS POÉTICOS

Amanhã te entregarei êstes versos
que são de mim
simples pedaços... bem esparsos.

E te falarei baixinho;
voltes pra mim,
pois és, querida, minha vida...

Depois, juntos sorriremos
e cantaremos
doce melodia... De alegria.

E nascerá em nossos corações
felicidade pura
bonita assim, enfim...

recordaremos momentos que se foram,
deixando-me a pensar que jamais voltariam,
mas agora - contigo estou feliz...

Moysés Barbosa

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AMO-TE

Amo-te, sim, constantemente...
Queria não perder-te nunca mais.
Não sou muito feliz, qual a razão não sei,
pois eu sinto querer-te até demais...

És meu botão de rosa, alegre encantador...
És uma flor, um jardim... Um mar
em cujas ondas, calma ou revoltas,
deixo meus desejos naufragar...

Amo-te, sim, constantemente...
Nas tardes de verão ou noites de inverno...
Desejo possuir-te, fiques comigo sempre,
e que êste meu sofrer não seja eterno!...

Moysés Barbosa

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TRISTE RECORDAÇÃO

Chove lá fora. E as gotículas
que saltam do telhado
ficam imóveis junto ao chão molhado.

O silêncio domina a sala.
Enquanto pela vidraça eu vejo
os sinos da capela num arpejo,
meu coração chora, mas não fala.

É a recordação. Recordação
de um instante alegre;
o momento quando enfim ela chorou...

Recordação das carícias de uma noite,
quando nosso amor sincero floresceu,
... uma noite que foi mas não voltou...

Moysés Barbosa

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MINHA ORAÇÃO

Senhor! Não me desampares.
Clamo aflito em meus instantes de revolta,
mas sei que estás aqui e êstes meus clamores,
são gritos sem razão que a alma solta...

Guarde, Senhor! Os teus servos do pecado
e entregue-os fôrça mui suficiente,
para que nos seus corações fique guardado,
Teu Livro Santo; Teu Amor, eternamente...

Pai! Determine que meu nome permaneça
no Livro da Vida, entre os demais
que aguardam o clarim celestial...

Para gozar, um dia, da grande glória,
da recompensa, por não ter jamais
aceitado as pegadas do mal...

Moysés Barbosa

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CIDADE SANTA

Alegre, em sonhos, contemplo-te radiosa,
nas nuvens flutuando - quando luz!
Nos teus áureos caminhos, vejo as pegadas,
do meu Divino Mestre - Meu Jesus!

És a cidade dos salvos, dos remidos...
A mui feliz e divinal morada.
Os anjos em louvores anunciam,
a presença de Deus - que te protege e guarda

Ouço um côro celestial - anjos cantando,
da harpa ao som que muito bem traduz
um ambiente feliz de eterna festa,
cercado de pureza - envolto em luz.

És a mais bela, ó Cidade Santa;
desejo sim, bem cedo estar contigo.
Maravilhoso será viver na glória eterna,
ao lado de Jesus - o único eterno e amigo...

Moysés Barbosa

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CALVÁRIO

Ao reviver a imagem do Calvário,
guardando sempre a sombra d’uma cruz.
Sinto tristeza por não ter, ainda,
correspondido ao Martírio de Jesus.

Êle sofreu, enfim, foi desprezado.
e no madeiro, seu sangue derramou.
Foi maltratado por todos, foi cuspido,
e com o rosto curvado Êle expirou.

Jesus foi humilhado, sim, eu sei.
Mas não tardou em gloria ao céu subir.
E propalou aos resgatados seus,
ao lar eterno levá-los no porvir...

Moysés Barbosa

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De 1959 para cá foram muitos livros solo (Redação Moderna, Liturgia Cristã, Poesias: As Melhores do Jubileu de Ouro, Resumos de Sermões etc) e participação em inúmeras Antologias de renome (Farol Literário, Poetas de Ouro, Antologia dos Cônsules, Comenda Internacional Ilha da Madeira, Melhor de Mim, Prêmio Cultura Nacional (vários) etc).

São muitas as premiações (centenas) do Brasil e do exterior, valendo notar que é  acadêmico imortal de diversas Academias de Letras de renome, não apenas no país, entre as quais Academia de Letras do Brasil,  mas também no estrangeiro.

AGRADECIMENTO

Dom Moysés agradece aos seus leitores, familiares, amigos, colaboradores e todos que apreciam e apóiam sua obra poético-literária. Agradece a Deus por ter recebido o dom da escrita que tem usado também na obra do Evangelho. A Ele toda honra e toda glória!